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    O que são aneurismas viscerais?

    Aneurismas viscerais são dilatações das artérias que levam sangue para as vísceras, ou seja, artérias dos rins, do fígado, do baço, do intestino, entre outras. São aneurismas nas artérias que são ramos da aorta abdominal. Sua incidência varia de 1,5 a 3% na população, e apesar de relativamente raros, necessitam nossa total atenção devido à gravidade consequente à rotura de um desses aneurismas.

    Existem ainda os chamados pseudoaneurismas, que são aneurismas que não possuem todas as camadas como nos aneurismas verdadeiros, e ocorrem principalmente após traumas ou intervenções abdominais.

    Por serem raros, os aneurismas viscerais ainda possuem características pouco conhecidas. Atualmente são alvo de estudos internacionais para melhor conhecimento da história natural e do melhor momento para a indicação cirúrgica desses aneurismas. Além disso, novos dispositivos endovasculares vem sido desenvolvidos para o tratamento minimamente invasivo. Aneurismas viscerais é o tema de Pós-Doutorado da Dra. Nayara Cioffi Batagini, que acumula cada vez mais conhecimento técnico nesta área.

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    Quais são as causas dos aneurismas viscerais?

    As principais causas dos aneurismas viscerais são:

    • Predisposição genética
    • Traumas locais
    • Inflamação ou infecção intra-abdominal
    • Hipertensão arterial
    • Displasia fibromuscular
    • Síndromes genéticas

    Quais são os principais aneurismas viscerais?

    Os principais aneurismas viscerais são:

    • Aneurisma da artéria esplênica
    • Aneurisma de artéria hepática
    • Aneurisma de artéria mesentérica superior
    • Aneurisma de tronco celíaco
    • Aneurisma de artéria renal
    • Aneurismas de artéria mesentérica inferior e aneurismas de ramos viscerais: pancreatoduodenal, gastroduodenal, gástrica e gastroepiplóica, jejunal, ileal, cólica

    Quais são os sintomas dos aneurismas viscerais?

    A maioria dos aneurismas viscerais são assintomáticos e descobertos em exames de imagem realizados para outras finalidades.

    Em alguns casos de aneurismas grandes, o paciente pode apresentar um desconforto abdominal e sentir uma massa palpável.

    Casos que apresentem dor podem indicar iminência de rotura e precisam ser avaliados com urgência.

    Como é feito o diagnóstico dos aneurismas viscerais?

    Nos casos assintomáticos o diagnóstico é feito de forma incidental, ou seja, o aneurisma é identificado quando o paciente realiza um exame de imagem de rotina ou para investigar outras doenças (como Ultrassom de abdome ou Tomografia Computadorizada de abdome).

    Se há uma suspeita clínica de aneurisma visceral, exames de imagem como o Ultrassom Doppler e/ou Angiotomografia Computadorizada são realizados.

    Como é feito o tratamento dos aneurismas viscerais?

    Aneurismas com diâmetros muito pequenos são acompanhados clinicamente, a não ser que apresentem algum sinal de complicação local.

    Nos casos com indicação cirúrgica, são consideradas 2 principais técnicas para correção do aneurisma:

    - Técnica endovascular: É a técnica mais utilizada. Através de uma punção na virilha ou no braço são introduzidos dispositivos para embolização do aneurisma ou fechamento do mesmo com stent revestido.

    - Técnica aberta: É realizada a abertura do abdômen com ligadura ou reconstrução da artéria acometida pelo aneurisma.

    Cada caso é avaliado individualmente, e as características anatômicas do aneurisma e da artéria acometida são profundamente estudadas para que a melhor técnica seja indicada.

    Características específicas de cada aneurisma:

    Aneurisma da artéria esplênica

    Os aneurismas da artéria esplênica são os mais comuns, e acometem a artéria que leva sangue ao baço. Acometem 4 vezes mais mulheres que homens.

    Os fatores de risco principais são: sexo feminino, multiparidade (mulheres que já tiveram mais de 1 filho) e presença de hipertensão portal (condição que ocorre em doenças hepáticas, como hepatites e cirroses).

    O tratamento é indicado de forma geral em aneurismas com diâmetro maior ou igual a 2,0 cm, pacientes sintomáticos, aneurismas rotos, pseudoaneurismas e em mulheres grávidas ou em idade fértil, dado o maior risco de rotura durante a gestação. Na grande maioria das vezes é realizada a técnica endovascular, na qual através de uma pequena punção na virilha ou no braço o aneurisma é tratado através de preenchimento com molas (embolização) ou ocluído com stents revestidos.

    Aneurisma da artéria hepática

    Os aneurismas da artéria hepática acometem as artérias que levam sangue ao fígado. Podem acometer a artéria hepática principal (hepática comum) ou ramos dela (hepática direita ou esquerda).

    Ocorrem em uma proporção de 3 homens para cada 2 mulheres e a faixa etária mais acometida é acima dos 60 anos de idade.

    A cirurgia está indicada de forma geral para aneurismas com diâmetro maior ou igual a 2 cm, pacientes sintomáticos, aneurismas rotos e em pseudoaneurismas. Na grande maioria das vezes a técnica utilizada é a endovascular.

    Aneurisma de artéria mesentérica superior

    Os aneurismas da artéria mesentérica superior acometem a artéria que leva sangue ao intestino. Na maior parte das vezes, aparecem na primeira porção desta artéria. Acometem igualmente homens e mulheres.

    Devido à sua localização, além do risco de rotura o aneurisma da artéria mesentérica pode levar à isquemia intestinal, ou seja, perda do fluxo sanguíneo para o intestino em casos de trombose aguda do mesmo.

    A cirurgia está indicada de forma geral para aneurismas com diâmetro maior ou igual a 2,5 cm, pacientes sintomáticos, aneurismas rotos, aneurismas de etiologia infecciosa e em pseudoaneurismas. Na grande maioria das vezes a técnica utilizada é a endovascular.

    Aneurisma de tronco celíaco

    Os aneurismas de tronco celíaco acometem o primeiro ramo principal da aorta abdominal. Na maior parte dos casos são pacientes homens, e em 40% das vezes são concomitantes a outros aneurismas viscerais.

    A cirurgia está indicada de forma geral para aneurismas com diâmetro maior ou igual a 2,5 cm, pacientes sintomáticos, aneurismas rotos e em pseudoaneurismas. Na grande maioria das vezes a técnica utilizada é a endovascular.

    Aneurismas de artéria mesentérica inferior e aneurismas de ramos viscerais: pancreatoduodenal, gastroduodenal, gástrica e gastroepiplóica, jejunal, ileal, cólica.

    São aneurismas mais raros e, com exceção dos que acometem a artéria mesentérica inferior (que é uma artéria que sai diretamente da aorta e irriga a porção baixa do intestino), as demais acometem ramos das artérias principais que levam sangue às vísceras. A população mais acometida são homens acima dos 60 anos.

    Por serem aneurismas com altíssimo risco de rotura, praticamente todos tem indicação cirúrgica. Na grande maioria das vezes a técnica utilizada é a endovascular.

    Aneurisma de artéria renal

    São aneurismas que acometem as artérias que levam sangue aos rins. Acometem igualmente homens e mulheres e são bilaterais (ou seja, aparecem dos 2 lados) em 10% dos casos. As principais etiologias são a aterosclerose (depósito de gordura nas artérias) e a displasia fibromuscular (uma doença na qual ocorre o espessamento da parede das artérias).

    A cirurgia está indicada de forma geral para aneurismas com diâmetro maior ou igual a 2,0 cm, pacientes sintomáticos, aneurismas rotos e em mulheres em idade fértil ou gestantes. Na grande maioria das vezes a técnica utilizada é a endovascular.

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